Delírio ideal

Você já olhou ao redor e não viu nada e ninguém? E estava ali você, sozinho, livre da moral, da ética, dos olhares, julgamentos e havaianas de pau. E o que você sentiu nesse momento? Desejo de voar? Desejo de amar ou de ser amado? Podem até passar maus pensamentos em sua atordoada mente... estes pensamentos são somente seus, mas por incrível que pareça, tem mais alguém junto de você. E você nem viu! Sem ver nada e ninguém, pode ser que sinta medo, solidão, liberdade, paz ou vontade de cantar, mas se a sensibilidade de sua alma permitir, você pode até dançar e cantar

junto do seu Amigo. Não imaginário, mas invisível por certo tempo. Porque ao sair de onde você está, você o verá nos olhos do seu marido, nos olhos da sua vizinha, nos olhos daqueles que chamados de ninguém. Ele está em mim, está em você e sabe aqueles maus pensamentos que eram só seus? Também Ele os conhece e não lhe julga, ou condena, mas sem você sequer perceber, ele segura sua mão e mostra o Seu horizonte diante dos seus olhos. O medo grita no peito, mas em um instante você percebe que o verdadeiro amor lança fora todo o medo. E a insignificância dos seus dias, a transparência que você viveu para o mundo, já não existe, porque dignidade você recebe nesse encontro. Alguns detalhes jamais compreenderemos, pois a ciência é infinita e somos finitos, limitados e humanos. Daí, você se dá conta, não está sozinho, O vê no próximo e não tem mais medo. Só aquele desejo de cantar e dançar junto de todos. Alegria ou gozo, como

você preferir definir está à sua porta, convide-a para morar com você e desfrute altos voos.
E como de costume, uma poesia cantada de Sérgio Lopes.....