HORIZONTES

     Não sei bem expressar, essas palavras se tratam apenas de um ensaio de minha pobre e cansada mente.  É duro pensar que temos apenas um fino fio frágil de vida diante de nós. É desconfortável pensar que o que realizamos no presente, fica amanhã para trás e que no fim de tudo, ficará a maior pergunta: como vivi uma vida? Uma vida, porque só temos esta. Que sentido há em apenas buscar bem estar social e econômico? 

 
      No fim você vai pensar: “Vivi bem! Estou satisfeito!” Mas e a vida é só isso? Comer, beber e se satisfazer um com o homem ou a mulher da nossa vida, como bem propôs nosso querido escritor de Eclesiastes? Por que afinal de contas você está hoje aqui, neste planeta caótico, em sua família, em sua comunidade, em seu trabalho, em seu ambiente de estudo? Pra quê?

 

     Por vezes paro para pensar em como seria absolutamente digno para o solitário da rua receber apenas um sorriso meu. Como seria extremamente necessário que alguém olhasse pra este e percebesse suas limitações e lhe segurasse a mão, literalmente! Um “Símbolo físico” tem um poder de transformação da psique humana imensurável, podendo reconstruir auto conceito e auto aceitação. O resgate da dignidade humana, muitas vezes é esquecido por nós mesmos ao andarmos  na rua e deixamos de dar o que é dever nosso, dar para o outro o melhor dele, mesmo que ele já o tenha perdido ou esquecido em algum lugar... Um ser humano sem auto estima está entregue à sorte e ao azar e, não sejamos ingênuos, nossa sociedade trata de oprimir o fraco. Daí a necessidade do abraço, como um retorno ao colo materno, ambiente de tamanha segurança e conforto... Esse novo significado do abraço como agente de ressignificação do indivíduo traz à sua história um novo horizonte. Viver sozinho é ter um horizonte a seguir. Viver abraçado, abraço esse que pode ser universal, significa infinitos horizontes dos quais vocês está presente e vivenciando cada um deles... isso é ampliar sua existência... Isso é comunidade, é amor.