Na verdade,
parece que nunca estamos satisfeitos com o que a vida nos presenteia. O jardim
do vizinho sempre parece mais belo e verde. O dinheiro nunca é suficiente para
satisfazer as mesquinharias do nosso íntimo. Choramos por não termos o que
queremos e quando finalmente temos nos lamuriamos por ser pouco e queremos
mais. Enquanto isso, o vizinho tem um jardim bonito não porque surgiu ali por
geração espontânea, mas porque investe horas e horas do seu precioso tempo
regando suas flores e sujando suas mãos na terra. Enquanto isso, pode-se
encontrar famílias sorridentes em humildes barracos, sobrevivendo com apenas o
mísero salário mínimo oferecido pelos exploradores que mantém regimes quase
escravistas, mas ainda assim, estas famílias sabem dar valor aos pequenos
detalhes desta vida que a fazem colorida.
A busca pelo
contentamento traz leveza à alma pesada e paz ao coração cansado. Jesus oferece
seu leve fardo não porque seria fácil trilhar a estrada do genuíno
cristianismo, mas porque o preenchimento da alma se encontra no prazer de fazer
o outro feliz, rasgando assim a couraça do egoísmo, vestindo o altruísmo e
fazendo acontecer o amor, até as últimas consequências. E o Outro também cumpre
nossos anseios a medidas que estes são coerentes com sua proposta de vida, de
verdade, de bondade e pureza.
Há tempos não
escuto essa palavra no meio eclesiástico. Talvez tenham rasgado do dicionário
cristão a palavra contentamento e tenham escrito em seu lugar tantas outras
baboseiras que estamos enojados de tanto ouvir. O desafio proposto requer
mudança na prática de vida e nos relacionamentos estabelecidos. Por não ser
fácil, necessitará de exercício diário, mas o que não dá mais é para
continuarmos calados diante das injustiças ditas contra Aquele que pelo
contentamento de nos ter pela eternidade, a Si mesmo se entregou.
Parabéns Grace! Adoro suas postagens.
ResponderExcluirContinue compartilhando sabedoria conosco.
Abraços;
Oi, Bruna! Muito obrigada pelo carinho, de coração! Beijos!
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