Só quem já sacrificou seu Isaque sabe o significa de perder.
O ganhar, nem sempre vem instantaneamente feito um passo de mágica. Plim! Eis o
fruto do sacrifício. Não estamos em um jogo em que há a troca obrigatória: Deus!
Tá aqui meu sacrifício! Dá-me AGORA meu prêmio! Como se o fato de nós darmos
algo a Deus o intimida a nos devolver algo.
Sacrifícios, por vezes, são atos voluntários. Escolha de
quem sabe o que quer e para onde vai. Uma trilha com propósito torna o indivíduo
ciente do que deve levar em sua bagagem. A escolha minuciosa do que deve ser
fundamental para alcançar o prêmio da soberana vocação em Cristo.
Alguns momentos, criamos nosso objeto de desejo, de
idolatria, nosso tesouro, nossa pérola intocável. Amamos de tal forma, com
tanto zelo e empenho! E, no final, superestimamos o que era passageiro.
Trocamos o Valor pelo efêmero. Damos o valor indevido às coisas e às pessoas. Como
pedir a uma árvore para me abraçar? Árvores não abraçam... Como desejar que
água me alimente, ou pão de me hidrate?
Árvores, pão e água nos são fundamentais, mas cada uma tem sua devida função.
Então, quem tem sido de maneira distorcida nosso objeto de amor profundo? A
pergunta final é quem ou o que tem sido o deus que te move?
Essa idolatria por um deus criado que não se move em nada
por nossas vidas é o objeto de sacrifício que só uma análise franca da
consciência pode revelar.
Pra seguir o trilho de conhecer Cristo face a face, esse
deus tem que morrer.
Pra seguir o trilho e conhecer Cristo face a face, tem que abrir
mão da maldade dos olhos, da boca, do coração. Sim, os que sonham em ser limpos
de coração dizem: O sacrifício sou eu...
E não estou falando da onda de abrir mão do refri, do
chocolate... esse sacrifício não te purifica os olhos, a boca e o coração. Esse
sacrifício não te traz renovação da mente. Esse sacrifício não se compara a
tomar a sua cruz e seguir O Crucificado. Não tomar o refri jamais se igualaria
ao sacrifício de tomar seu sangue.
Sacrifique-se pela verdade e pelo Verdadeiro. Coma a carne
de Cristo, coma o pão junto dos excluídos. Beba o sangue de Cristo, beba o
vinho junto dos odiados. Leve a cruz de Cristo e sustente a cruz do condenado.
Ele se fez maldição por mim e eu, ao menos, vou abraçar os amaldiçoados? No
vitupério da cruz, Jesus sofreu todo abuso ao qual um homem pode ser submetido.
Meninas, meninos! Ainda que ninguém esteja junto da sua vergonha, ele conhece
as profundezas da escuridão do abuso.
Ele foi e é tudo por nós...